sábado, abril 14, 2012

— O Anjo...

— O Anjo escreve em seu livro da vida costurando-o com uma agulha de osso, agulha essa de um passado desconhecido, de memórias apagadas. Para a costura e vida dessas letras, passava pelo minúsculo furo da agulha linhas de sentimentos que pareciam veias secas. Decidiu então pegar essa agulha e mergulhar no nanquim, seu sangue negro, começou assim a tatuar em seu próprio corpo ao alcance da hipoderme um Dragão, para que os rastros da essência dos riscos não de perdessem.


Fragmento: Angelus — (2012, póstumo)

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